Guilherme Arantes e Djavan percorrem o Brasil ao longo de 2026 com turnês comemorativas de 50 anos de sucessos
24/11/2025
(Foto: Reprodução) Djavan (à esquerda) estreia a turnê 'Djavanear 50 anos – Só sucessos' maio enquanto Guilherme Arantes volta à cena com o show '50 anos-luz' a partir de março
Mar + Vin / Reprodução Facebook Guilherme Arantes
♫ ANÁLISE
♬ As turnês programadas por Djavan e Guilherme Arantes para 2026 têm similaridades. Ambas passam em revista 50 anos de carreira e estão centradas em sucessos de cancioneiros essencialmente autorais. O ano de 1976 foi decisivo nas trajetórias profissionais dos dois artistas.
No embalo do sucesso do samba Fato consumado (1975), apresentado no ano anterior no festival Abertura (TV Globo), o cantor, compositor e violonista alagoano lançou o primeiro álbum, A voz, o violão, a música de Djavan (1976), emplacando outro samba, Flor de lis, nas paradas de todo o Brasil.
Já o paulistano Guilherme Arantes, após a saída traumática do grupo Moto Perpétuo, decolou na carreira solo com o lançamento do primeiro álbum individual, Guilherme Arantes (1976). Uma das músicas do repertório autoral, Meu mundo e nada mais, balada reflexiva de tom melancólico, entrou na trilha sonora da novela Anjo mau – blockbuster exibido pela TV Globo no horário das 19h – e estourou nas rádios, virando hit nacional.
E o resto foram duas histórias construídas paralelamente por Djavan e Guilherme Arantes, em universos musicais distintos, ao longo de 50 anos. Cinco décadas que serão explicitamente celebradas pelos artistas em 2026 com as respectivas turnês.
Guilherme Arantes inicia em março, por São Paulo (SP), a turnê 50 anos-luz com show retrospectivo que passará por mais 14 cidades. O roteiro entremeará sucessos com as músicas do próximo álbum de inéditas do cantor, Interdimensional, cujo repertório autoral é composto por 12 canções inéditas e três faixas-bônus com músicas feitas por Arantes para outros artistas.
Já Djavan, que lançou o álbum Improviso em 11 de novembro, também com músicas inéditas, estreia em 9 de maio o show Djavanear 50 anos – Só sucessos.
Moldada para grandes espaços, como arenas e estádios, a turnê de Djavan também começará em São Paulo (SP) e, da capital paulista, seguirá para Salvador (BA) (23 de maio), Fortaleza (CE) (30 de maio), Curitiba (PR) (13 de junho), Brasília (DF) (27 de junho), Belo Horizonte (MG) (18 de julho), Rio de Janeiro (RJ) (1 de agosto), Florianópolis (SC) (29 de agosto), Belém (PA) (24 de outubro), Recife (PE) (31 de outubro) e Maceió (AL), terra natal do artista, onde Djavan encerrará a turnê em 5 de de dezembro de 2026, totalizando 16 apresentações ao longo de 2026.
Orquestrada sob direção artística de Gringo Cardia, a turnê Djavanear 50 anos – Só sucessos terá as luzes de Césio Lima (lighting designer e diretor de fotografia), Mari Pitta (diretora de iluminação) e Sérgio Almeida (programação e operação de luz).
No palco, Djavan (voz, violão e guitarra) revisitará os principais sucessos dos 50 anos de carreira – contabilizados a partir do lançamento do primeiro álbum em 1976 – com a banda formada por Felipe Alves (bateria), Marcelo Mariano (baixo), Torcuato Mariano (guitarra), Paulo Calasans (piano), Renato Fonseca (teclado), Jessé Sadoc (trompete), Marcelo Martins (sax tenor) e Rafael Rocha (trombone).
Como boa parte dos grandes ídolos da MPB e do pop brasileiro já ultrapassou os 70 anos (sendo que alguns até já cruzaram a fronteira dos 80 anos), grandes turnês retrospectivas com sucessos da mesma dimensão são cada vez mais recorrentes na cena nacional, a exemplo do show que reuniu Caetano Veloso com Maria Bethânia e da ainda corrente turnê Tempo rei, de Gilberto Gil.